Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito, não me tape os ouvidos e a boca, porque metade de mim é o que grito e a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe, seja linda ainda que triste, que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que tão distante.
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta à um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço e que essa tensão que me corroi por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim e lembrança do que fui e a outra metade….não sei.
Que seja preciso mais que uma simples alegria pra fazer aquietar meu espírito, e que o seu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também…
Alex é fotografo e filósofo nas horas vagas.
Instagram: @alexyamamoto1313
Facebook: https://www.facebook. com /alexy. yamamoto
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