Retrovisores em formato atípico é marca registrada dos Pagani Huayra
Antes de mais nada, o que é a Pagani? É uma empresa que desenvolve carros esportivos a partir de compostos de fibra de carbono. Está sediada em San Cesario, na Itália, e pertence ao argentino Horacio Pagani. Em seus primórdios, ele gerenciou o departamento de aplicação de materiais da Lamborghini e, em 1988, criou a Pagani Composite Research para auxiliar a fabricante italiana. As duas empresas foram parceiras em várias criações como o Lamborghini Countach e o famoso modelo Diablo.
Em 1992, Pagani fundou mais uma empresa – a Pagani Automobili – para iniciar seus próprios projetos automobilísticos. O primeiro protótipo criado foi chamado de C8 e, mais tarde, rebatizado de Fangio F1, em homenagem a Juan Manuel Fangio. Em 1995, em respeito a morte do piloto argentino cinco vezes campeão mundial de Fórmula 1, a linha de supercarros foi novamente renomeada definitivamente de Zonda e foi apresentado, em 1999, no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça. Em 2011, foi anunciado o sucessor da linha Zonda, que é justamente o Pagani Huayra.
Motor e estruturas exclusivas para o Huayra Roadster BC
Entre os Huayra, um dos mais agressivos é o Roadster BC, que é uma versão conversível de dois lugares. Normalmente, os conversíveis são pesados. A ausência do teto fixo, os deixam mais vulneráveis, já que podem se deformar devido a falta de rigidez na torção quando, por exemplo, estiverem nas curvas. O jeito é incrementar toda a estrutura, o que lhes deixa com uns “quilinhos” a mais. Com a versão de Pagani, ocorreu o contrário. Isto porque, foram usadas em toda a estrutura o Carbo-Titanium e o Carbo-Triax HP52, compostos mais leves e mais rígidos. Com isso, o peso do Huayra Roadster BC atingiu apenas 1.250 kg, cerca de 350 kg mais leve que seus similares. Parece pouco, mas faz uma grande diferença nas pistas. O motor – Mercedes-AMG M-158 V12 de 6,0 litros biturbo – que desenvolve cerca de 800 cv a 6.200 rpm e 1050 Nm a 2.400 rpm, faz com que o bólido desenvolva, de 0-100km/h, em apenas e incríveis 2,9 segundos.
Huayra Roadster BC: detalhes fazem a diferença
Para domá-lo foi necessário criar uma transmissão automatizada de sete marchas X-Trac aliado a um controle de estabilidade e tração pré-programada para sete modos de condução. O “animal” tem tração nas rodas traseiras e está calçado com pneus Pirelli PZero que foram desenvolvidos para segurá-lo nas curvas e o deixar estável ao receber uma carga de 2.2 G. A aerodinâmica com quatro flaps, dois na frente e dois atrás, que trabalham em conjunto com a suspensão dianteira ativa também o ajudam a se manter firme no chão. O conjunto da Brembo com seis pistões na frente e quatro atrás, que acionam os discos de carbono-cerâmica, seguram a fera nas freadas. Além de tudo isso, Pagani não poderia esquecer de deixar uma última marca registrada. São os retrovisores em formato atípico que lembram olhos que se sobressaltam do restante da carroceria.
A empresa italiana está no mercado japonês há 20 anos e vai ampliar sua influência no Arquipélago com a abertura de seu segundo showroom em Kobe, na província de Hyogo, inspirado no Atelier Modenese com móveis clássicos de luxo da própria Pagani misturado ao hightech de suas ferramentas digitais utilizadas para criação de suas máquinas.
O primeiro showroom da Pagani Japan fica no edifício Sanno Park Tower Annex Building, endereço 〒100-6190 Tokyo To Chiyoda Ku Nagata Cho 2-11-1 1F. As visitas são restritas e podem ser agendadas pelo telefone 03-5511-1888. Mais informações pelo e-mail info@pagani.jp ou pelo site http://www.pagani.jp/ (Pagani Tokyo)
Eder é jornalista veterano e professor no Japão
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